Neste colóquio Alice Samara colocou em evidencia as histórias de vida de mulheres que nos alvores da República falaram mais alto em defesa da sua emancipação, nomeadamente, Carolina Beatriz Ângelo, a primeira mulher a exercer o direito de voto nas eleições de 1911. 
A historiadora referiu que o voto depositado nas urnas para as eleições da Assembleia Constituinte nesse ano pela médica e fundadora da Associação de Propaganda Feminista, Carolina Beatriz Ângelo, constitui um episódio exemplar de luta pela cidadania e pela emancipação da situação das mulheres em Portugal, numa altura em que o direito de voto era reconhecido apenas a "cidadãos portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família".
 Invocando a sua qualidade de chefe de família, uma vez que era viúva e mãe, Carolina Beatriz Ângelo conseguiu (há 100 anos atrás) que um tribunal lhe reconhecesse o direito a votar com base no sentido do plural da expressão ‘cidadãos portugueses’ que se refere, ao mesmo tempo, a homens e a mulheres. Como consequência do seu acto, e para evitar que tal exemplo pudesse ser repetido, a lei foi alterada no ano seguinte, com a especificação de que apenas os chefes de família do sexo masculino poderiam votar.
Invocando a sua qualidade de chefe de família, uma vez que era viúva e mãe, Carolina Beatriz Ângelo conseguiu (há 100 anos atrás) que um tribunal lhe reconhecesse o direito a votar com base no sentido do plural da expressão ‘cidadãos portugueses’ que se refere, ao mesmo tempo, a homens e a mulheres. Como consequência do seu acto, e para evitar que tal exemplo pudesse ser repetido, a lei foi alterada no ano seguinte, com a especificação de que apenas os chefes de família do sexo masculino poderiam votar.Para conhecer a vida desta médica e sufragista basta aceder à revista Faces de Eva. Estudos sobre a Mulher, nº11 (FE.CEM-UNL), cujo link disponibilizamos aqui.
Integrada nesta actividade esteve patente uma exposição alusiva ao tema do colóquio, organizado pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas.
 

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